9 formas não intencionais de sabotar a inovação
- Felipe Thomes Rodrigues
- 3 de abr. de 2017
- 3 min de leitura

Muitas organizações dizem abertamente que querem ser inovadoras, ou seja, facilitar, fazer algo de uma forma mais fácil e eficaz. Mas espalhar essa vontade de serem inovadoras e criar uma cultura de liderança que faça jus a esse propósito são duas coisas bem diferentes.
O Center for Creative Leadership, frequentemente realiza pesquisas sobre o assunto e observou que vários líderes andam matando as novas ideias que surgem nas empresas. Muitos não sabem como encorajar a inovação, e falham em reconhecer atitudes que não suportam um ambiente inovador.
Aqui vão nove comportamentos que podem destruir um ambiente de inovação:
1 – Líderes dizem “sejam criativos” mas rapidamente são contra novas ideias
Esses líderes geralmente estão presos no modo de pensar em que novas iniciativas exigem provas e precedentes. Os líderes devem mudar para uma mentalidade de "pensamento inovador" ao avaliar novas idéias, reconhecendo que elas não virão com uma prova concreta.
2 – Eles não dão recursos nem criam formas de avaliar ideias inovadoras
Pense em como é difícil avaliar algo totalmente mensurável e previsível. Agora pense na inovação, que é totalmente o contrário. Parece muito pior, certo? Avaliar ideias criativas é difícil, e requer mais tempo, energia e dinheiro. E não é toda a organização que está disposta a pagar por isso.
3 – Impulsionam a inovação através de uma abordagem top-down (de cima para baixo)
Para esclarecer, uma abordagem top-down quer dizer que apenas as pessoas em altas posições de liderança recebem a mensagem de que devem inovar e assim devem passar para os demais colaboradores.
Sendo assim, uma abordagem "puxada" de baixo para cima (bottom-up), onde os líderes apoiam e nutrem a inovação desde a área mais simples, ajuda toda a organização a ver os sucessos que a inovação pode produzir. Com isso, mais pessoas querem contribuir.
4 – Não estabelecem uma parceria saudável entre as pessoas consideradas criativas e os chamados executores.
As pessoas criativas provavelmente não gostam de estrutura, e os executores são os que mantém a operacionalidade diária da organização.
Organizações inovadoras sabem que devem fomentar a relação positiva entre esses perfis de pessoas. Por exemplo, Walt Disney não teria o sucesso que tem se não fosse o seu irmão Roy fazendo com que a empresa fosse estável financeiramente.
5 – Eles prendem a inovação em um departamento ou a um pequeno grupo de pessoas
Essas restrições fazem com que o espírito inovador não seja espalhado por toda a organização gerando um verdadeiro bloqueio às novas ideias.
6 – Pessoas contra à inovação dão feedback primeiro
Ideias inovadoras devem ser avaliadas pelo seu potencial de retorno, mas a crítica negativa em um primeiro momento gera uma queda de criatividade. Ao reconhecer essas ideias logo de início, o líder manda a mensagem de que novas ideias são bem vindas.
7 – Líderes permitem que ideias inovadoras sejam descartadas
As ideias vão percorrendo uma série de níveis hierárquicos e pessoas diferentes. Assim, a ideia original fica um pouco modificada e a real oportunidade inovadora pode ter sido perdida nesse processo.
8 – Eles rejeitam a incerteza
Se há algo sem risco, isso não é inovação. Os líderes que querem que a inovação floresça, devem aprender a tolerar o risco e a incerteza.
9 – Líderes agem como se já tivessem todas as respostas
De forma contrária, os que agem fomentando a humildade têm uma chance muito maior de ver as pessoas vindo com ideias inovadoras para solucionarem os desafios da organização.
A inovação requer mais do que simplesmente a ausência desses 9 comportamentos listados. No entanto, é preciso ter atenção a eles. Uma vez que você conseguiu identificá-los, o passo seguinte é listar ações para poder corrigi-los e seguir na jornada para inovar.
Um abraço
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