Sucessão versus Substituição
- Diogo Seixas
- 6 de fev. de 2017
- 2 min de leitura

“Ter um diretor executivo do nível de Welch é impressionante. Ter diretores executivos do nível de Welch durante um século, todos treinados internamente – bem, este um dos principais motivos pelos quais a GE é uma empresa visionária”.
Frase retirada do Livro Feitas para Durar – James C. Collins; Jerry I. Porras
Essa frase diz respeito ao processo de seleção de gerentes executivos da General Eletric, onde a maior lição a se tirar é que empresas consideradas visionárias promovem e selecionam cuidadosamente os talentos gerenciais dentro da empresa com mais frequência do que outras empresas, palavras dos próprios autores.
Se você quer ter uma empresa visionária assim como a GE, Ford, General Motors ou IBM, um dos segredos está em como você trabalha seu processo de sucessão. O problema em procurar alguém de fora para sua empresa é que pode custar caro. Não somente em termos monetários (processos seletivos e treinamentos), mas também em termos de cultura e pessoas. O líder pode não se encaixar na cultura da empresa e seus funcionários podem não confiar nele. Além disso, outros possíveis candidatos à sucessão podem se sentir prejudicados e deixarem a empresa. Pense que um líder mal selecionado pode ser como um vírus e contaminar a empresa toda.
Se ainda não te convenci, todos os livros de Jim Collins trazem inúmeras provas e fatos de que isso é real. Mas chega de falar de problemas e vamos focar nas soluções. Segundo Collins, o segredo está em criar um ciclo de formação de lideranças.
Primeiramente devemos cuidar do desenvolvimento de gerência e do planejamento de sucessão para então buscar bons candidatos internos para dar continuidade na excelência em liderança. Esses líderes selecionados devem agir da mesma maneira para que possam criar uma cultura de sucessão, assim como aconteceu na GE. Jack Welch (ex-CEO da General Electric Company) pode ter sido um líder incrível, mas ainda não justifica como a GE continua sendo uma potência como empresa.
Um ensinamento extremamente importante que tive nos últimos dias é que para que você possa subir é sempre importante que alguém esteja abaixo de você. Isso não significa ter alguém em quem você possa mandar, mas sim treinar alguém que possa te suceder para que então você possa crescer. Perceba que para que você possa crescer, você também precisa fazer com que a pessoa “abaixo” cresça. A cultura de sucessão significa criar líderes que formam líderes.
Gostaria de fazer uma analogia com o Filme Formiguinha Z. Em uma cena particular do final do filme, as formigas estão cercadas por água e a única alternativa de escape é uma fresta no teto da instalação. Para alcançar o objetivo, as formigas se organizam em forma de torre. Primeiro montando uma base forte para que outras formigas possam subir e subir até atingir o objetivo.

Pense na sua empresa como essa torre. Para que a empresa possa atingir o topo, é preciso que todos possam confiar em si, tanto em quem está abaixo, como em quem está acima. Para que isso aconteça, uma cultura de sucessão é primordial.
De forma trágica, termino esse artigo dizendo que todos os grandes líderes um dia morrem. Sua empresa não precisa morrer junto. Esteja atento a quem vai cuidar da sua empresa nas próximas gerações.
PS: a resposta pode estar muito próxima a você.
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