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Como tornar equipes altamente inovadoras

  • Nicolas Giffoni
  • 19 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Quando pensamos em organizações altamente inovadoras, geralmente pensamos em uma empresa com muitos gênios que tem vários momentos de “A-HA”. No entanto, a ciência vem nos mostrando que isso não é verdade, pois a inovação é um processo contínuo e colaborativo; é na diversidade e nos conflitos que a criatividade cresce. Isto quer dizer que na essência da inovação está a genialidade coletiva, ou seja, a habilidade de explorar ideias paradoxais de pessoas para criar inovação colaborativamente.


Portanto, quando pensamos em liderar empresas altamente inovadoras é necessário mudar um pouco a visão que temos sobre liderança. Isto é, liderar inovação não é sobre criar uma visão compartilhada com a equipe, deixar todos alinhados e inspirá-los para fazer o seu melhor. Na inovação não sabemos exatamente onde estamos indo (não há uma visão clara do futuro).


Um estudo feito por Linda Hill, professora de Harvard e co-autora do livro “Collective Genius”, sugere que as lideranças de organizações inovadoras tenham três competências:


1. “Atrito Criativo” (Creative Abrasion), que é a capacidade de criar um grande número de ideias vindas da sua equipe por meio de debate e discussão. Trata-se da capacidade de amplificar as diferenças da equipe, sem perder o controle. Nesse momento, o líder consegue um portfólio de alternativas para sanar um problema ou criar algo novo.


2. “Agilidade Criativa” (Creative agility), que é a capacidade e a mentalidade de testar e refinar o portfólio de alternativas por meio de rápidas reflexões e ajustes. Aqui, queremos que o líder teste as ideais, pois nunca sabemos ao certo o que dará certo ou o que o cliente realmente está disposto a pagar. Utilize sempre de ciência (dados) e métodos artísticos para atingir a agilidade desejada.


3. “Resolução Criativa” (Creative Resolution), que é a capacidade de tomar decisões de uma forma que consiga abordar ideias e alternativas opostas, misturá-las e criar uma nova combinação. Esse é o momento crítico em que a genialidade coletiva acontece. O líder deve ter ciência que nenhum grupo deve dominar a discussão, principalmente o próprio líder, e que não deve haver ganhadores de discussão. Ao invés disso, deve ser paciente e ter uma tomada de decisão inclusiva, mesclando ideias. Lembre-se que a criatividade tem em sua essência o paradoxo.


Para que essas três competências realmente aconteçam na prática, é necessário que a equipe tenha um senso de comunidade muito forte. Todos devem saber que a divergência faz parte do processo e ela é necessária. Além disso, nesse modelo, o papel do líder deve ser de criar um espaço que as pessoas se sintam inseridos e, isto é, o líder deve preparar o palco, não performá-lo, pois “Pessoas talentosas não querem seguir um líder, eles querem co-criar o futuro com ele” (Bill Maris). Por fim, é muito importante que as pessoas trabalhem pelo o que realmente são apaixonadas, pois assim um líder consegue explorar a genialidade de cada um para construir uma genialidade coletiva muito mais forte que a soma individual das partes separadas.






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